Thursday, September 20, 2007

Requiem (13-9-2007)

Salva-me!
Dizes tu, deitada nessa cama fria.
Primeiro, implorando.
Depois, à medida que a faca se aproxima do teu peito,
Ordenas-me: salva-me!
Cortam-te. A incisão é pequena,
mas a ferida no teu orgulho é muito maior.
Assim exposta ao mundo estás fraca
e a pedir por salvação.
Não resisto, aperto-te a mão e beijo-te a testa suada.

Tudo acabou depressa. E ouço o teu murmúrio:
Obrigada, Orlando, por me salvares.